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JUN
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Oficina A transformação dos monstros no cinema: Das criaturas clássicas ao horror humano com Carlos Primati

Segunda, 21/06/2021

Inscrições abertas!

 

Data - 28 de junho a 02 de julho, segunda a sexta (ESCOLHA UMA DATA)

Horário:  15h às 17h

AO VIVO - via zoom


Ingresso: Gratuito. 20 vagas por cidade


Duração: 2h


Classificação: A partir de 16 anos


Público-alvo: Pessoas interessadas em filmes de terror em geral, em personagens da literatura, teatro, cinema e folclore, ou em monstros clássicos do cinema e a construção imagética e psicológica dessas criaturas arquetípicas.


As inscrições devem ser realizadas pelo telefone 3413-6925, com Helder - de segunda a sexta-feira das 08 às 11h e das 13h30 às 17h. Inscrições podem ser feitas até 12h do dia escolhido.

O link de acesso a aula será enviado automaticamente ao aluno no e-mail cadastrado na ficha de inscrição assim como o certificado;


Sobre a oficina

Os filmes de horror, desde os primórdios do cinema, se valeram da imagem impactante dos “monstros”, baseando-se em criações literárias e em montagens teatrais, em que Drácula, Frankenstein, O Médico e o Monstro e O Fantasma da Ópera, entre outros, assombravam e intrigavam as plateias com representações visuais de criaturas sobrenaturais ou as consequências malignas da ciência mal aplicada. Outros seres do além, ou de regiões desconhecidas e misteriosas – como lobisomem, doppelgänger, fantasma etc. – se juntaram à galeria com o passar dos anos, vindos do folclore e da tradição oral. 

O autor francês Victor Hugo propôs uma quebra na tradição ao tornar o monstro digno de empatia – pessoas fisicamente grotescas, mas de bom coração, como O Corcunda de Notre Dame e O Homem Que Ri, e o cinema também adotou essa abordagem, chegando a casos extremos, como o filme Freaks, de 1932. 

O moderno cinema de horror é marcado por outra quebra de paradigma, quando Alfred Hitchcock realizou Psicose, em 1960, no qual apresenta um assassino psicopata jovem, bonito, carismático, tímido e (aparentemente) inofensivo. 

O monstro nas telas se torna o próprio ser humano, cuja maldade parece sem limite, seja ele da ficção (Leatherface, Michael Myers, Hannibal Lecter) ou inspirado em assassinos do mundo real (Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, John Wayne Gacy). Contando com 100 anos de monstros nas telas, os filmes de horror continuam impactando com suas criações que despertam nosso medo e fascínio, ao mesmo tempo em que nos desafiam a compreender a origem da maldade.

A palestra pretende fornecer material para reflexão sobre o tema, discutir “o que é o monstro”, e também apresentar um repertório para se apreciar esse tipo de obra sob perspectivas diferentes.

 

Objetivo

A proposta da palestra é demonstrar como a representação de diferentes criaturas assustadoras nas telas, desde os clássicos monstros sobrenaturais até seres humanos de comportamento irracional, ajudam a compor um complexo panorama sobre a noção de bem e mal, bonito e feio, natural e sobrenatural, nos levando a refletir sobre o que é “monstruoso”. A partir da palestra, a intenção é que o participante adquira uma visão mais ampla sobre o tema e com bagagem para ver esses filmes sob ângulos mais complexos, ou desenvolva suas próprias pesquisas e estudos dentro do tema.

 

Sobre o professor

Carlos Primati é pesquisador de cinema fantástico, crítico, editor, tradutor e professor de cursos livres. Ministrou diversos cursos pelo MIS-SP (Museu da Imagem e do Som), abordando temas como Expressionismo Alemão, Alfred Hitchcock, História do Horror, Ficção Científica da Década de 1950, Horror no Cinema Brasileiro e Zé do Caixão. Também colaborou com a exposição sobre Hitchcock no MIS e integra a equipe de oficineiros do Pontos-MIS há alguns anos, inicialmente com viagens presenciais e, a partir de 2020, com criação de conteúdo para o canal do projeto no YouTube.