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Secretaria da Cultura realiza espetáculo “Leopoldina uma Mulher e Tantos Nomes”

Quinta, 22/09/2022
Encerrando o mês das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, a Secretaria da Cultura apresenta “Leopoldina uma Mulher e Tantos Nomes” – espetáculo produzido e desenvolvido pelo Instituto Âme de Marília.  A apresentação acontecerá neste domingo, 19h, no Teatro Municipal e tem entrada é gratuita.
 
O Espetáculo é inspirado em Vivências de Dança-Movimento Terapia com Mulheres, na biografia e algumas cartas da Imperatriz Leopoldina.
 
Sobre o espetáculo:
 
Você já ouviu a expressão “o machismo mata”? Poucas vezes nos questionamos sobre o que está por trás da morte violenta de uma mulher. A palavra feminicídio se refere ao assassinato de mulheres e meninas devido ao menosprezo ou discriminação à condição feminina.
 
Como forma de promover o debate sobre as constantes violências sofridas pelas mulheres, Marília será palco da peça “Leopoldina: Uma mulher e tantos nomes”.
 
Com elenco principal composto por três intérpretes criadoras com formação em dança movimento terapia, o espetáculo é uma composição artística inédita livremente inspirada na Biografia da Princesa Maria Leopoldina e no livro “Cartas de uma Imperatriz”, escrito por Bettina Kann e Patrícia Souza Lima, historiadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 
Os relatos escritos, visuais e de movimento corporal dessas mulheres, são transformados artisticamente em composições coreográficas, onde as intérpretes emprestam seus corpos e vozes dando enfoque às questões femininas, desde o tempo de Leopoldina, essa mulher de tantos nomes, validando sua relevância no contexto histórico e político brasileiro por articular a Independência do Brasil, e em contrapartida, estampam a herança patriarcal na produção de violências, reiterando um cenário de desigualdade entre homens e mulheres que perpetua nos dias de hoje.
 
O Espetáculo “Leopoldina uma mulher e tantos nomes” é uma manifestação artística de dança, música, teatro e poesia, inspirado nas reflexões das crenças e angústias da primeira imperatriz do Brasil e a condição do feminino na atualidade, através da escuta de mulheres e das impressões corporificadas pelo elenco.
 
“Compreender a violência sofrida pelas mulheres é transcender a análise de histórias pessoais e mergulhar num complexo universo simbólico e cultural, para além de dramas individuais é o objetivo desse espetáculo que busca investigar e quebrar paradigmas. No espetáculo, trazemos a arte por mulheres que expressam o feminino em toda sua concepção, através de seus corpos, num espetáculo de multilinguagem”, destaca Michelly Karin Barboza, fundadora do Instituto Âme de Marília e intérprete criadora do espetáculo.
 
 Quem foi Maria Leopoldina de Áustria
 
Maria Leopoldina de Áustria – Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, foi arquiduquesa da Áustria, a primeira esposa do imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826.
 
É considerada por muitos historiadores como a principal articuladora do processo de Independência do Brasil. O historiador Paulo Rezzutti, autor do livro “D. Leopoldina — A história não contada: A mulher que arquitetou a Independência do Brasil”, sustenta que foi em grande parte graças a ela que o Brasil se tornou uma nação.
 
Segundo ele, a prometida de D. Pedro abraçou o Brasil como seu país, os brasileiros como o seu povo e a Independência como a sua causa. Foi também conselheira de Pedro em importantes decisões políticas que refletiram no futuro da nação, como o Dia do Fico e a posterior oposição e desobediência às cortes portuguesas quanto ao retorno do casal a Portugal. Consequentemente, por reger o país em ocasião das viagens de Pedro pelas províncias brasileiras, é considerada a primeira mulher a se tornar chefe de estado de um país americano independente.